
Foto retirada do "Ribatejo Online"
QUE PENSA QUE VAI LER?
"Um mau acordo"
"Mais vale um mau acordo do que acordo nenhum.
O acordo que há dias foi assinado pela ministra da educação e pelos sindicatos dos professores é um mau acordo. Um acordo em que as cedências do governo foram demasiadas e exageradas. No entanto, se este acordo falhasse, ainda seria pior. É que, na Assembleia da República, os partidos da oposição, para namorar os votos dos professores, ainda abririam mais os cordões à bolsa. Do mal, o menos.
Para se ter uma ideia correcta e completa dos benefícios que os professores já auferem, e daqueles que vão passar a auferir, é necessário ter duas realidades em conta: por um lado, as vantagens que decorrem do acordo agora obtido; por outro, as condições excepcionais de que os professores já desfrutavam ANTES das mais-valias que agora conseguiram.
Quando, em Portugal, se pretende avaliar o que quer que seja, a prática habitual é fazer comparações com o que se passa na Europa. Na maioria esmagadora dos casos essas comparações são-nos desfavoráveis.
Mas há excepções.
E, uma delas, é a do estatuto remuneratóro e laboral dos nossos professores.
Vejamos o que se passa, comparativamente, em relação aos países da OCDE:
• Nos ensinos básicos e secundário, a quantidade de alunos por professor é de um para onze. Na OCDE, a média é de um para dezasseis, mais 30% do que em Portugal.
• Portugal é um dos países da OCDE que melhor paga aos seus docentes. Por exemplo, e no que respeita a professores com mais de quinze anos de carreira, os salários médios praticados são superiores aos da Suécia, Itália ou Noruega! Nos lugares de topo da carreira, os nossos ordenados estão ao nível dos da Alemanha e da Finlândia. E acima dos da Dinamarca, Reino Unido ou França!
• Se compararmos os números de horas de trabalho anuais, concluiremos que os professores portugueses, ao cumprirem 1440 horas/ano, trabalham menos 250 horas do que a média da OCDE. Isto é, menos 18%!
Permito-me ter a convicção de que estes números arrasadores são desconhecidos da esmagadora maioria dos Portugueses, incluindo os próprios professores. Porque, caso fossem conhecidos e debatidos – designadamente na Assembleia da República – nem os sindicatos teriam o descaramento de fazer as exigências que fizeram (e que em parte foram satisfeitas), nem os decisores polítcos da oposição teriam a desfaçatez de alinhar, da forma como o fizeram, com os “coitadinhos” dos professores das grandes manifs.
Mas há mais.
Segundo o ministério da educação, 83% dos professores avaliados no ano passado conseguiram a classificação de BOM. E só 0,5% – meio por cento! – foram classificados como Suficientes ou Irregulares. Deduzo que os restantes 16,5% terão obtido a classificação de Muito Bom ou Excelente.
Somos, realmente, os maiores! Um país de super-dotados!
Outro dado da questão foi que, para se obter a classificação de Bom, apenas bastou não faltar às aulas, cumprir o serviço e fazer alguma “formação” (não se sabe qual, nem onde).
Isto é: para se ter Bom, basta estar vivo!
E são estes Bons professores que vão passar a somar 270 euros mensais aos 3.091,82 que já recebiam. Feitas as contas, um vencimento sete vezes superior aos 475 euros do tão regateado salário mínimo.
Foi este o acordo conseguido. Um acordo injusto. Um mau acordo. Parabéns ao patrão da Fenprof, Mário Nogueira. E ponto final. Não se fala mais nisso.
Impõe-se agora – espero eu e espera o País – que os professores e os sindicatos parem de se obcecar com o brilho dos euros para finalmente olharem para as escolas, para os alunos, para o ensino, para o insucesso escolar, para o absentismo, para a violência, e façam por merecer o generoso salário que os Portugueses lhes pagam."
(O negrito é meu...)
QUE IDEIA FAZIA DE JOSÉ NIZA?
SE É PROFESSOR/A, QUE IDEIA FAZIA QUE JOSÉ NIZA FAZIA DE SI?
O TEXTO QUE ACABOU DE LER TEM UM TRAGO A QUEIJO DE NIZA ESTRAGADO, ADULTERADO PELO TEMPO... FICOU ASSIM "DEPOIS DO ADEUS"!!!!!......